terça-feira, 15 de junho de 2010

Sobre relacionamentos




Olá...
Aproveitando deixas e oportunidades, posto mais uma vez um texto iniciado anteriormente.

Li no blog "And my dreams?" um texto (ou um trecho de um texto) de Caio Fernando Abreu - jornalista, dramaturgo e escritor gaúcho - que pareceu um pouco com o meu jeito de lidar com os relacionamentos atualmente. Segue abaixo:



"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar.



Engraçado como mergulhamos de cabeça em certos relacionamentos e nem sempre pensamos que pode não ser tudo o que esperamos. Eu sou um tanto contraditória. Em alguns, puxo o freio e a história não rende. Em outros mergulho mesmo, devido a uma série de fatores: química, afinidades em geral, intelecto, bom humor, sorriso, olhar, atitudes, blá blá blá. Aí é que mora o perigo, pois o ser humano é um bicho difícil de lidar. Quando você não está a fim, a pessoa insiste. Quando você está, a pessoa desiste. Que inferno.
O problema maior disso tudo é que já quebrei a cara tantas vezes, que não queria quebrar mais. É sério. Hoje, prefiro ficar só, que estar com alguém que não quer estar comigo. Hoje.
Porém, eu não me basto. Sou carente e preciso ser amada, mimada, abraçada, beijada. Mas o bendito amor-próprio tem gritado aqui: "Hey, pare de esquecer de você e se dedicar a quem não te quer (ou não sabe o que quer)"...
A questão é: tem horas que eu sinto vontade de mandar o dito cujo aos quintos e me jogar, mesmo sem saber se a piscina está cheia... Em outros momentos eu penso: peraê, se valoriza, mulher!
"Altruísmo, não egoísmo", né?
Em todas as vezes, o que acontece? Faço tudo errado.
Alimento expectativas às vezes infundadas, precipitadas, e depois vem a decepção. Não estou me fazendo de vítima, sou eu quem faz a bagunça toda mesmo. Na ânsia de ser feliz, eu deixo a felicidade escapar por entre os dedos.

É isso aí... mas eu acho que ainda acerto. Sou uma otimista incorrigível. As coisas se ajeitam e se encaminham. Vou fazendo o que posso. Errando, acertando, aprendendo.

"C'est la vie".


Beijos.

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