sábado, 26 de junho de 2010

Angústia


Ou "Uma paixão sem motivo"


Eu não vou escrever pra ele - ela pensou com os dedos formigando para teclar...
Eu não vou - respirou fundo.

Ela escreveu.
Ainda há tempo, pode não mandar.
Mandou.

Droga.

Ele leu. E? E nada. Nenhuma resposta.

E ela ainda espera.
É. Ela é fraca. Teimosa. Contraditória. Orgulhosa.
Fala e faz coisas das quais se arrepende.

Não faz o que gostaria.
E quando faz, não era para ter feito.
Vida bandida. Cruel e amargurada.
A vida não tem culpa, certo? Certo.
Então, quem tem?

Ela? Ela e suas atitudes impulsivas, inconcretas, impensadas (ou pensadas demais??)?

Seu coração que pula no peito toda vez que surge algum sinal dele no seu dia?

Sua mente que não lhe dá só um minuto de sossego, porque os pensamentos nela habitados são só ele?

E ele nem aí, ele não sabe. Ele não quer saber? Ele não vê. Ele não quer ver?
Quisera ela ter um coração de ferro.

Quisera ela bastar-se.

Quisera ela não se apaixonar por ele.

Mas agora é tarde.
A paixão já se alojou no coração dela.
Mas ela já sabe o que vai acontecer.

A vida segue, ele se esquecerá dela, e dele, uma dia, ela poderá esquecer. Ou não.


...

5 comentários:

Lâmina da Lingua disse...

e quem escreveu?

qta a imagem do meu blog, pode ficar a vontade em pegar... como coloquei lá, desconheço o dono...

Vítor Palmeiras disse...

As coisas são assim, não são?

Agora por que, é que eu não sei.

Essa contraidção, impulssividade, mesmo sabendo que a tendência é dar com a cara no muro.

Enfim, tolos apaixonados agem assim.


Obs: Sugiro que você troque seu palno de fundo ou a cor da fonte, vai facilitar a leitura, especialmente no começo das frases.

Bjos

Cleonice Braz disse...

Fabrício... Obrigada pela cortesia!!!

Vítor, sugestão acatada... tem tempos que procuro um template bacana... mas ainda não achei um que me agrade e não interfira na visualização dos textos... Continuarei procurando.

Obrigada!

Beijos ;)

Érica disse...

Aaaah o amor...
"É um mal que mata e não se vê
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei por quê."
(Camões)

Belíssimo poema!
Excelente templaste!
Beijos

Unknown disse...

Amei o poema!
E tem tudo a ver comigo...ou melhor, tinha!
hehehehe

Beijos